O dia começa bem cedo, com a corridinha matinal à qual eu me esquivo sempre, troco normalmente pelo meu livro ou diário. O que normalmente atrai uma chávena de chá e uma rodela de Roti (q é como quem diz pão, um especial destas bandas) acabadinho de amassar, tender e cozer na chapa! Sempre entregue com um sorriso das mãos da Didi da cozinha e um "tato tato!" que é como quem diz "quente, quente!". Mas que belo despertar.
Normalmente segue-se o momento trabalhos de casa, que é sem dúvida uma óptima técnica, de cérebro fresquinho. Mas como falamos de um sábado, não há T.P.C pra ninguém e a malta vai é toda a banhos! Não, não há praia, nem sequer fluvial. Há sim baldadas de água fria pra toda a gente. Principalmente aos cabelos de princesas de todas as raparigas. E sentadinhas depois no terraço viradas ao sol, sentamo-nos às pernas umas das outras e deixamos tranquilamente que nos controlem o cabelo contra piolhos...que Maravilha! Esta malta percebe claramente disto (poderia dizer "melhor que eu", mas na verdade não percebo nada, então deixo-me controlar, feliz da vida) saio dali com um saldo negativo de uns 15 piolhos (cada um encontrado era passado para a minha mão para o controlo de vida, daí ter contado), digo negativo porque cheia de sorte já estavam todos mortos!
"- Como é que eles estão já mortos no cabelo se não metemos veneno?" - pergunto na minha ignorância.
Normalmente segue-se o momento trabalhos de casa, que é sem dúvida uma óptima técnica, de cérebro fresquinho. Mas como falamos de um sábado, não há T.P.C pra ninguém e a malta vai é toda a banhos! Não, não há praia, nem sequer fluvial. Há sim baldadas de água fria pra toda a gente. Principalmente aos cabelos de princesas de todas as raparigas. E sentadinhas depois no terraço viradas ao sol, sentamo-nos às pernas umas das outras e deixamos tranquilamente que nos controlem o cabelo contra piolhos...que Maravilha! Esta malta percebe claramente disto (poderia dizer "melhor que eu", mas na verdade não percebo nada, então deixo-me controlar, feliz da vida) saio dali com um saldo negativo de uns 15 piolhos (cada um encontrado era passado para a minha mão para o controlo de vida, daí ter contado), digo negativo porque cheia de sorte já estavam todos mortos!
"- Como é que eles estão já mortos no cabelo se não metemos veneno?" - pergunto na minha ignorância.
"- No food, miss!" - ri-se a Maria pra mim. E eu rio-me também, concluindo q estes parasitas da natureza vieram também eles todos contentes vasculhar no cabelo claro desta estrangeira. Mas teve azar. A minha frequência bi semanal de banho capilar não lhe deixou muito pra encher a pança!
Vanessa 1 vs Piolhos 0
Como é sábado, e sábado é o único dia de fim de semana aqui, é festa! E na festa come-se carne. Franguinho pra toda a gente.
"- Miss, you want to come buy meat?"
"- Of course I do!"
E era claro que queria. Do que tinha visto em Kathmandu nos chamados talhos da cidade - rápida elucidação: a carne está na banca como a do mercado do peixe, mas a banca não está num mercado, está ali entre a loja das ferragens e a mercearia, bem no meio da estrada, com carros e motas e bicicletas e rikshaw e pessoas a passar e pó a voar -, não me inspirava muito a carne por estas bandas, então decidi ir ver como era em Tikapur, sendo uma cidade mais pequena (esperava eu também uma coisa menos evoluída ainda). Estava enganada.
E era claro que queria. Do que tinha visto em Kathmandu nos chamados talhos da cidade - rápida elucidação: a carne está na banca como a do mercado do peixe, mas a banca não está num mercado, está ali entre a loja das ferragens e a mercearia, bem no meio da estrada, com carros e motas e bicicletas e rikshaw e pessoas a passar e pó a voar -, não me inspirava muito a carne por estas bandas, então decidi ir ver como era em Tikapur, sendo uma cidade mais pequena (esperava eu também uma coisa menos evoluída ainda). Estava enganada.

"- e quantos kilos são, menina?“ - talhante
"- São sete“ - Joana, "- Podemo-nos sentar aqui, Miss" dirigindo-se a mim indicando o banco ali na frente da jaula.
"- Quanto tempo demora, sabes Joana?" - a minha mania do tempo
"- Não sei, miss. Às vezes quarenta minutos, outras uma hora. Depende"
Saquei da lima, da acetona, do verniz e fiz passar metade do tempo num flash colorido e cheiroso! A outra metade apreciei o espectáculo - de máquina em punho, claro! Rapidamente percebi o esquema e a causa do prolongado tempo de espera: as galinhas, pobres criaturas, vinham à vez, la de trás do galinheiro, conforme se precisava de mais kilos. E todo o processo que em tempos de catraia via em casa da minha avó, ali era feito meticulosamente no so called talho.
Mais um cheiro a puxar à minha infância - pele de galinha chamuscada! Devo confessar que o cérebro começa a bombar automaticamente, mas vendo bem a coisa, eles comem disto todos os sábados e a mim parecem bem saudáveis! Quem precisa de amukina e tretas que tais?
Fecho este post com a partilha da "poção mágica" para não haver bactéria que resista no corpo. Acabamos de jantar, já depois do sol se pôr, e a Didi cozinheira pergunta-me se quero chá. Mas o grupo de mais velhos que ali ficou na cozinha mete-se aos risinhos com a Didi e dizem todos alegred também querer! Quando me chega a chávena às mãos e meto o "chá" à boca, tenho uma mini explosão de sabores - ervas, picante e salgado.. Um mix q não se percebe bem. À minha pergunta "- o que é? É mesmo chá?" obtenho um "- nós chamamos-lhe poção mágica. Mas é chá normal com pimenta preta moída. Dizem que é bom para evitar as constipações! You like?" Ora pois que deve ser bom pra isso, deve, não haja dúvidas! E lá consegui exprimir-me "- este chá pra mim talvez tenha de levar açúcar..!" :)
Para quem quiser saber mais sobre a minha experiência e onde estou e a fazer o quê, pode informar-se aqui.
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